BELOS TEMPOS Eri Paiva Quão belos tempos tivemos Vivendo-os com intensa emoção! Do flerte do menino amado Ao seu toque tímido de mão! Tempos do namoro escondido, Do beijo jamais esquecido Roubado ao pé do portão! Tempos de passeio na praça Num vai e volta sem fim... De recados marcando encontros Num “te quero, te espero” sim, No outro dia os comentários De amigos ou adversários Registrados no Pasquim! Belos Tempos que não esqueço! Sob o luar das madrugadas, Os rapazes seresteiros Ébrios de amor nas calçadas, A fazerem declarações Cantando nostálgicas canções, Para despertar suas amadas! Nos bailes dos belos tempos O carro-chefe, o bolero, Era a dança mais bonita! Depois, as alegres marchinhas, Como aquela “mamãe eu quero”, Ou “Cachaça não é água não”... Nem sempre levada a sério! Tempos belos! Belos tempos! Do romântico à ingenuidade, Do belo com sabor de simples, Da malícia, sem pecado... Tempos que jamais voltam! Aqueles que os viveram Tem na alma, registrados! Natal/RN/Brasil – Em 15. 02. 2012 Eri Paiva
Enviado por Eri Paiva em 15/02/2012
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