Perfume de Amor no Ar

Que o amor é tudo, isso é tudo o que sabemos sobre o amor. (Emily Dickinson)

Meu Diário
19/05/2008 18h50
REFLETINDO SOBRE AS MÃOS

Diariamente quero estar aqui, fazendo algum registro, deixando algum recado, alguma informação... para você que me lê, que me visita. Quero receber suas impressões, seus pontos de vista sobre o que quiser falar, comentar ou mesmo apreciar. Fique, portanto, à vontade. 

Ontem eu vi algo que muito me tocou o coração. No programa do Faustão um senhor pianista, famoso, super dedicado à musica, acabou por perder o movimento das mãos, seu principal instrumento de trabalho. Em uma das mãos lhe ocorreu a morte dos nervos, impedindo portanto de fazer os movimentos. Em outra, apenas três dedos tem movimentos. E, desafiado que foi, com as condições que ora lhe são devidas, apresentou-se no programa e ao piano tocou o hino nacional em ritmos brasileiros diversos, arrancando aplausos e arrepios, pelo menos de mim estes, numa demonstração fantástica de dominio e poder sobre si, diante das limitações que a vida e as circunstâncias lhe trouxeram.

E eu fico a imaginar! Quantos de nós temos as mãos perfeitas, ágeis, bonitas e a usamos menos do que elas são capazes de fazer e construir. Ou as usamos mal, direcionando-as  à agressão, à violência; ao aplauso falso, enganador; à confecção e construção de obstáculos, de barreiras à felicidade e ao bem estar dos outros... da comunidade... do planeta...

Olhemos as nossas mãos! Reflitamos sobre todas as suas possibilidades. Para ajudar, registro aqui esta poesia.


AS MÃOS
Eri Paiva

Há mãos que condenam
E mãos que abençoam.
Mãos que ferem
E mãos que perdoam.
Mãos que açoitam
E mãos que acarinham.
Mãos que matam
E mãos que afagam
Mãos que se espalmam para bater
E mãos que se fazem concha para proteger

Possa suas mãos proporcionar
Somente o Bem
A quem elas tocar

Natal/RN/Brasil
Em 20.04.2008


Publicado por Eri Paiva em 19/05/2008 às 18h50

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